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Guitardo Songs: QUANDO EU MORRER

22 de out. de 2018

QUANDO EU MORRER

QUANDO EU MORRER
GUITARDO
Gênero:Bossa-Nova
Ano (Composição)2004
Ano (Gravação)2018
Duração:02:32
Autores:Guitardo
Arranjadores:Guitardo
Download:Aqui!
Letra



Quando eu morrer
Quero a cama cinzenta
A vela no altar,
Pra se lembrar
De quando eu fui
E prometi voltar

E quando voltei,
Foi pra me enterrar
Pois eu já não sabia

Mais respirar
Mais respirar
Mais respirar
Mais respirar

Enquando eu viver,
Não quero a cama cinzenta

Quero respirar o ar
Que se afugenta
E enquanto eu respiro
A morte vem lenta
Ela está esperando

O meu ar acabar
O meu ar acabar
O meu ar acabar
O meu ar acabar
O meu ar acabar



Notas



Segundo consta nas anotações feitas em 2006 no meu Chordbook: "(...)foi a última música que compus em 2004, após 'Samba da Chantagem' e assim como essa última, ela recebe uma leve influência da mpb na sua levada. Apresenta uma visão bem pessimista da morte, e é na levada tranquila da melodia que a letra se torna mais contundente porque é como se fosse uma 'canção do Adeus' , onde a vítima se despede nos versos descritos na música."

Hoje não concordo tanto com essa visão de que a letra é pessimista. Ela está mais para surrealista pelo que diz a letra , como se a pessoa já percebesse por algumas evidências apontadas na letra que a morte já está se aproximando.

Originalmente gravei isso no Gravador de Som dos Windows num microfone péssimo de computador, daqueles de 20 reais que na época se usava em cima dos monitores de tubo dos computadores da época. Foi a primeira gravação digital ou a segunda. Acho que foi a segunda, a primeira tinha sido Samba da Chantagem. E essa eu também compus no violão de naylon que o Rodrigo Anacleto havia me dado.

A gravação de voz e violão (hoje disponível também no Youtube) já dava elementos que a música tinha uma pegada bem próxima à bossa-nova e procurei manter isso no arranjo. Para tanto, assim como em Samba da Chantagem foi necessário que eu assistisse algumas aulas de bateria no Youtube voltadas à bossa nova, pois encaixaria essa batida da bateria com a batida que eu já fazia no violão. Casou perfeitamente.

Só fui infeliz ao inserir um piano elétrico (que aparece de forma muito discreta na música) que faz o mesmo ritmo do violão, a mesma batida, apesar das notas do piano elétrico não formarem o acorde inteiro - achei que isso seria um diferencial mas ficou pobre na música pois está quase que a mesma base num outro instrumento. Eu devia ter optado por algum tipo de ornamento diferente para esse instrumento, como arpejos ou trocar por um teclado que pudesse segurar as notas até o momento em que os acordes mudam. Comi mosca nesse arranjo, confesso.

A gravação do clipe teve algo de especial e quero deixar registrado desde já antes que eu me esqueça: fui no cemitério São Francisco de Paula no centro da cidade e filmei com o celular uma porrada de tomadas diferentes de jazigos e caminhos do mesmo e muitas não entraram na edição final, depois , em casa gravei em frente ao chroma key as cenas cantando e dançando para quebrar um pouco o clima pesado da letra.




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