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Guitardo Songs: ELE

25 de mar. de 2014

ELE

ELE

GUITARDO
Gênero:Balada/Folk/Progressivo
Ano (Composição)2001
Ano (Gravação)2014
Duração:05:08s
Autores:Guitardo
Arranjadores:Guitardo
Download:Aqui!
Letra



Ninguém falou pra ele ser ateu,
mesmo assim ele não crê em Deus, amém.

Ninguém falou que ele estava certo
mas como um profeta ele fura os pés nas pedras do deserto

do além
do mais, em seu coração pagão não há lugar para razão
porque ele crê que a razão o segue e não ele quem segue a razão, não

Mas quem somos nós, para julgar a ele , que com sabedoria nos dirá
que a sociedade vive numa eterna hipocrisia
onde homens e mulheres buscam a felicidade e no entanto trilham
o caminho do mal.

E assim segue a humanidade cega

Ninguém falou mas já está dito
e a mensagem se faz por escrito

Na dor alheia não governam senadores , nem os reis e nem os imperadores

Agora que nada sobrou, e que o mundo, quase acabou
podemos vê-lo escapar da morte , como num golpe de sorte

E sai triunfante por sobre os cadáveres e é ovacionado pela multidão

"Que confusão é essa ?"
"Pra que tanta aglomeração ??!"
"Mão na cabeça, vagabundo, é a polícia !!!"
"Não, não, não, não"
E é metralhado em praça pública

Fazer o quê ? Se Jesus Cristo também foi crucificado.


Notas



"Ele" , assim como "Merda de Situação", foi uma música que nasceu meio por acaso. Eu tinha comprado um violão folk da marca "Falcon" (nunca mais vi essa marca no mercado. Imagino que era genérico, sei lá) Fiquei com esse violão por 2 anos. Mas enfim, a história do violão pouco importa. Se bem que, passado uns anos vendi meu PSX e esse violão pra conseguir minha primeira Les Paul, uma réplica da Shelter. Bom, enfim, chega de "conversa paralela".

Assim como "Merda de Situação" e "Brasil", "Ele" não é uma música linear. É uma música que usa acordes simples, sem nada demais, mas devido a extensão da letra e as modulações de acordes dentro da música, que chega a subir um tom e meio em certo momento, modulando para os acordes mais graves que retornam aos acordes de origem do começo da música.

A principal influência, principalmente em termos de influência na melodia da música, foi a música "Por um Triz" de Rodrigo Pitta, que na época, era interpretada pelo Lulo Scroback (que segundo rumores, abandonou a carreira de cantor). Eu, quanto toquei essa cadência de acordes percebi que provavelmente estava usando a mesma cadência (embora pudesse até não ser o mesmo tom) da música "Por Um Triz". Porém , a partir do momento que a música se desenvolve, abordando outros acordes que levam a melodia pra outros lugares, a música ganha cara própria. A letra da música é enorme. Não sei se é a minha maior letra, mas é grande, e embora eu não seja apreciador da Legião Urbana, me senti motivado a escrever a letra inspirado na letra de 'Faroeste Caboclo', pois tinha a mesma redigida em uma apostila de interpretação do terceiro ano do ensino médio que eu cursava na época.

A música saiu aos poucos. Eu havia composto a música até o segundo verso. Eu errei muitas vezes durante a gravação e fiquei irritado. E nessa raiva, ao improvisar uma letra saiu o seguinte verso: "Na dor alheia não governam senadores, nem os reis e nem os imperadores que querem nos impor suas leis de merda(...) tomara que pegue fogo, assim como Roma, como Roma incendiou...".

Como a letra era muito extensa e se baseava em poucos acordes resolvi ir subindo o tom original da música (que está em Em) durante o desenvolvimento da mesma para que ela ficasse menos repetitiva embora haja mesmo pouca variação melódica em cima do tema. E aí, o que aconteceu é que a música acabou tornando-se "não linear", não é aquela música bonitinha pra tocar em rádio com parte A, B e refrão e um final épico. É uma música que usa quase sempre os mesmos acordes, porém, a modulação harmônica em cima da mesma e o verso do meio em que os acordes aparecem em uma ordem aleatória tornam a execução da mesma um pouco menos simples e mais difícil do que seria numa pura decoreba do estilo "parte A", "parte B" e refrão. Aliás nessa música, involuntariamente eu dei uma lição, em como criar uma música para não tocar no rádio, sem apelo comercial nenhum. Acho que essa é uma das minhas músicas mais inviáveis no quesito "indústria fonográfica".

Por fim, no começo desse ano quando comecei a transcrever a obra para o Guitar Pro senti muita dificuldade , não só pela não linearidade do tema, mas sim, acima de tudo por ter escrito a música em 4/4, e provavelmente usei a fórmula de compasso errado, porque pra ter uma sequência rítmica completa que se repete por toda música, usei um padrão de 3 compassos. O mesmo aconteceu quando escrevi no Guitar Pro "O Primeiro A Morrer De Amor" pois essas músicas usam a mesma levada de bateria.

Pensando exclusivamente na letra, resolvi que a música teria um caráter "progressivo", os instrumentos iriam surgindo nela durante as evoluções na história (letra). No final, acabei comprando um slide e usei nessa música, tanto no solo de violão , quanto nas bases de guitarra ao fundo.Ficou interessante, a música ganhou uma cara meio folk. Tentei inserir alguns elementos country (do country americano, da guitarra country, não dessa merda de sertanejo que fazem no Brasil)na música mas não fui muito bem sucedido por ser leigo nesse tipo de abordagem na guitarra, mas cheguei perto de fazer uma música em um estilo diferente de todas as minhas demais. Repeli qualquer ideia de inserir distorção na música porque não queria que tivesse influências de rock pois já tenho outras músicas com essas características.Quis fazer algo diferente e gostem ou não do resultado final, acho que consegui

Sobre a letra: A letra narra a tragédia de um homem que pensa ser um novo Messias, que pensa ter a solução para todos os dilemas da humanidade, mas na verdade, mesmo sem saber, não passa de um farsante. Em uma tragédia na qual o mundo quase acaba, é abordado pela polícia que o mata na frente de uma multidão de sobreviventes. Na conclusão da história é que se percebe que na verdade, o falso profeta não passava de um lunático iludido, que, acreditava tanto na própria mentira,e nisso acabou enganando muitos também (a ponto de ter seguidores/adoradores, etc).


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